domingo, 30 de junho de 2013

Imagine...

Imagine que tem um cão com alguns problemas de comportamento. Ele denota ser ansioso e receoso, sobretudo com estranhos. Sempre que algum estranho passa à frente de sua casa, o seu cão salta para o muro e vedação, e ladra o mais próximo que consegue da pessoa que por ali está a passar. Sempre que algum estranho, dentro de sua casa, se aproxima do seu cão, ele afasta-se, protege-se atrás de si, e, se o estranho insistir, ele rosna. E imagine que toda e qualquer pessoa que entre em sua casa é um estranho para o seu cão, pois este medo do seu cão por estranhos nunca deixou que ninguém o abordasse. E agora imagine que tem um cão com 70 kg.

Como dono consciencioso, contrata um profissional para ajudá-lo a resolver este problema.

Agora, o caro leitor imagine que esse profissional, depois de uma avaliação do seu cão, lhe diz que estava à espera de muito pior e que, em rigor, o seu cão não tem nenhum problema. Pelo menos, nada de grave. Pelo meio, aconselha-o a passear mais o seu cão e a gastar as suas energias. Depois, este treinador (imaginário, claro!) pede para que o caro leitor lhe mostre aquilo que faz quando o seu cão tem aquelas exibições de agressividade junto do muro de casa. Depois de ver a forma como lida e sempre lidou com o assunto, o treinador diz-lhe que está a proceder perfeitamente bem.
Tudo somado e espremido, é isto o que o treinador contratado faz. Isto, no campo da imaginação, claro.
Ora, o que é que o caro leitor faria neste caso?

A. Aceitava o diagnóstico do treinador e achava que, afinal, não tinha problema nenhum;

ou

B. Achava que um cão que rosna aos estranhos e se afasta deles precisa de mais qualquer coisa do que um ou dois passeios diários;

ou, ainda

C. Achava que o treinador estava muito pouco preocupado com o comportamento real do cão, e estava apenas preocupado com a forma como o dono lida com esse cão. E como, neste caso, o dono lida da forma como esse treinador acredita que se deve lidar, tudo está bem, apesar do cão continuar a ter medo de pessoas, a saltar contra as vedações sempre que alguém passa perto de casa, e a demonstrar ansiedade em todos os seus comportamentos.


Então, diga lá o leitor qual seria a opção certa para si?

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