sábado, 24 de agosto de 2013

Imagine, uma vez mais

Imagine, hoje, que tinha um cão que era um candidato a ser cão de assistência. Tal cão cumpria todos os requisitos exigidos com a excepção feita para a forma como se relacionava com outros cães. Para passar num eventual teste que lhe conferiria o estatuto desejado, faltar-lhe-ia dar provas de que seria capaz de lidar com a presença próxima de outros cães. Mas, para já, tratava-se de um cão reactivo perante cães estranhos.
Posto isto, decide contratar os serviços de um profissional que ajudasse o caro leitor a tornar o seu imaginário cão num cão amigável para os outros cães.
Agora imagine que todo o trabalho realizado nesse sentido consiste numa única sessão na qual o seu cão seria levado para junto de um grupo de dezenas de outros cães, sem qualquer apresentação ou exposição gradual. Imagine que nessa sessão, previsivelmente, o cão imaginário permanece absolutamente tenso de princípio ao fim e, eventualmente, chega mesmo a haver uma escaramuça com um dos outros cães.
Por fim, imagine que o teste decisivo para o seu cão se tornar um cão de assistência consistia em levá-lo para um ambiente de lojas comerciais, onde já havia provado ter um comportamento exemplar. Sem surpresas, o seu cão passa o teste. O treinador imaginário que havia contratado declara o caso como extremamente bem sucedido.
 
Ora, como é que reagiria o caro leitor perante esta situação?
 
Concordaria com o profissional, e acharia que todo o caso havia sido bem trabalhado e teria chegado a fins bem sucedidos?
Ou acharia que o seu cão continuava com o mesmíssimo problema que tinha no início do processo?
 


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