tag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post3150117605115421397..comments2013-08-13T11:41:50.507-03:00Comments on Abacaxi: Remote Controlldshttp://www.blogger.com/profile/04383747324097526427noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-70052728153691381022013-07-31T00:37:53.578-03:002013-07-31T00:37:53.578-03:00Ter 2000m2 à disposição é um excelente (e privileg...Ter 2000m2 à disposição é um excelente (e privilegiado!) motivo para evitar riscos no exterior. <br />A coleira de choques como último recurso, para além de implicar um árduo condicionamento à coleira e toda uma série de inevitáveis choques que não viriam em último recurso, implica também que o seu cão use a coleira sempre, pois nunca se poderá prever quando é que esse último recurso será necessário. <br />O treino que usa este tipo de ferramentas pressupõe (ou, pelo menos, deveria pressupor) que o cão não tenha de usar a coleira quando já tiver cimentado o comportamento. A questão é que esta ideia de comportamento cimentado é uma ficção: um comportamento está sempre em consolidação. <br />Para além disso, a construção de uma chamada fiável é possível de ser feita sem recurso a estes aparelhos. A inclusão de um último (ou penúltimo) passo inevitável no treino que inclua os choques como castigos é outra ficção. Eu compreendo a lógica, mas ninguém ainda conseguiu demonstrar que esse passo é inevitável. Aliás, a partir do momento em que existem inúmeros contra-exemplos que demonstram a não-necessidade desse passo para se ter uma chamada fiável, fica corroído, desde a base, o argumento que sustenta a inevitabilidade do recurso a uma "fase de pressão".<br />No mais, soltar o cão em ambientes competitivos não é (salvo uma excepção muito especial que me escape neste momento) uma questão de vida ou morte, pelo que, se um cão (ainda) não responde bem à chamada, o melhor mesmo é não expô-lo a tais ambientes. <br />Por último, acho que já se tornou perceptível, mas gostava de sublinhar o seguinte: o vídeo que lhe proporcionei serve apenas para ilustrar a forma como, mesmo aqueles que usam a coleira de choques, o fazem apenas após um largo período de reforço positivo de comportamentos correctos, e após um condicionamento controlado dos choques. Foi esse apenas o intuito. <br />Em jeito de afirmação de posição: esse vídeo está longe de representar a forma como eu defendo que a chamada deva ser trabalhada. Sobretudo por algo que já disse antes: a fase em que se incluiu o uso dos choques está fundamentada numa grande ilusão retórica. <br /><br />Tenho todo o prazer em tê-la por cá.<br />Cumprimentosldshttps://www.blogger.com/profile/04383747324097526427noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-58002350208236017382013-07-30T20:49:22.027-03:002013-07-30T20:49:22.027-03:00Nunca me passou pela cabeça substituir o trabalho ...Nunca me passou pela cabeça substituir o trabalho sobre a chamada por uma coleira de choques. E, de facto, o trabalho de condicionamento não deve menor com a dita coleira do que sem ela. Mas pensei que podia ser como aquilo que alguns treinadores preconizam, uma espécie de chamada de emergência, a utilizar em casos extremos (lá está, provavelmente não poupa trabalho nenhum!).<br />Eu tento nunca chamar o cão se não tenho praticamente a certeza de que ele vem (em casa/quintal posso fazê-lo, e também no exterior quando ele já explorou o suficiente para recomeçar a me dar atenção espontâneamente). Mas às vezes engano-me...<br />Quanto ao ir buscar a comida, foi um pouco uma tentativa de refazer a situação do costume, com o saco que ele conhece ao pescoço, onde ele sabe que está a ração que eu lho vou dar quando ele vem, etc. Mas claro que, neste momento, a recompensa não tem de perto nem de longe o mesmo peso que uma boa briga!<br />Obrigada pela sugestão do vídeo. Provavelmente devo trabalhar mais em casa (em rigor "casa" significa quase 2000m2 vedados) antes de tentar sequer chamar o cão no exterior.<br />Vou continuar a ler os seus textos com muito interesse!<br />IsabelPSAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-47100032085272040852013-07-29T18:20:23.104-03:002013-07-29T18:20:23.104-03:00Ah, Isabel:
ao dizer isto «Como é pequeno, as rap...Ah, Isabel:<br /><br />ao dizer isto «Como é pequeno, as raparigas enxotaram-no e eventualmente voltou para mim, que entretanto tinha ido ao carro buscar a ração para o chamar», está a denotar que, muito possivelmente, está a interpretar mal a mecânica da chamada.<br />Em primeiro lugar, o seu cão deve vir ter consigo porque o chamou, e não porque tem biscoitos na mão. Os biscoitos servem para premiar o facto de ele ter vindo. Servem para criar associações entre vir à chamada e boas consequências. O seu cão, estando a 10 ou 20 metros, não vai saber se tem ou não biscoitos na mão. <br />Em segundo lugar: quando treinamos a chamada, estamos a fazê-lo de tal forma que, naquele dia em que vamos realmente precisar que ele responda, ele virá. Não importa se temos ou não biscoitos ou bolas ou o que seja para lhe dar. No dia seguinte, quando voltar aos treinos, vai voltar a criar boas consequências para o comportamento de responder à chamada; e aquela única vez em que não recompensou o seu cão será esquecida. <br />Já usei esta analogia aqui pelo blog, mas volto a usá-la: treinar é isso mesmo... treinar; é como um atleta olímpico, que treina todos os dias para a eventualidade de o exercício ser a sério. O problema é quando expomos os nossos cães a demasiados exercícios reais; nesses casos, não há treino que valha. <br /><br />Cumprimentos, e bons treinos.<br /><br />ldshttps://www.blogger.com/profile/04383747324097526427noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-29596921242588312082013-07-29T18:12:24.842-03:002013-07-29T18:12:24.842-03:00Cara Isabel,
normalmente, as pessoas recorrem a c...Cara Isabel,<br /><br />normalmente, as pessoas recorrem a coleiras de choques com base num certo desespero materializado em confissões como "já tentámos de tudo". A verdade é que existe todo um mundo de coisas que, afinal, não foram experimentadas. Ainda.<br />Conforme certamente já terá concluído, e já terá tido oportunidade de ouvir de outras pessoas, uma coleira de choques não funciona como um controlo remoto, literalmente. Como é óbvio, um cão não sabe que o choque que está a levar significa que deve voltar para a dona. Para que um cão saiba que o choque que levou tem como objectivo ou significação fazê-lo voltar para a dona, é preciso algum (muito) trabalho prévio de condicionamento para descodificar a "mensagem" que tal aparelhinho envia. Trabalho e tempo que poderá ser gasto no fortalecimento da chamada. Se em seis meses já nota assim tantos progressos, por que não investir mais tempo a aprofundar esses progressos?<br /><br />Veja este vídeo. http://www.youtube.com/watch?v=CBijBAA8M9U (vídeo com o qual vamos fingir que eu até concordo). Repare bem que aquele senhor (Michael Ellis, que sabe bem do que fala e que, apesar de tudo, tem imensos méritos na prática e na teoria de treinar cães) coloca o uso da coleira de choques como último passo no processo; e esse passo serve apenas para limar qualquer falha que ainda haja. Ora, para chegar lá, é preciso uma série bem consolidada de exercícios que fortaleçam a chamada. Ao invés, aquilo que acontece, invariavelmente, é que as pessoas procuram a coleira de choques como forma de queimar etapas, como forma milagrosa de comunicar com o seu cão. <br />Não há milagres: o colar de choques, tal como qualquer outra ferramenta, não trabalha por si mesmo. E todo o condicionamento que é necessário para potenciar essa ferramenta pode e deve ser investido na comunicação com o cão.<br />Para além do resto, o seu cão parece já ter alguns problemas de base no relacionamento com outros cães; o uso de coleiras de choques com outros cães por perto só vai fazer piorar as coisas. Disso não tenha a mínima dúvida.<br />Por fim. Dadas todas as limitações, procure sítios seguros onde possa soltar o seu cão. Não são precisos hectares de terreno livre. Uma ou duas centenas de metros quadrados e algum objecto que possa, de alguma forma, atirar para o seu cão ir buscar, já será um bom começo para desgastar, estimular e divertir o seu cão. Como esse sítio é seguro, pode dar-se ao luxo de não gastar as suas chamadas em vão, e apenas chamar o seu cão quando tiver certeza de que ele virá. Se possível, fale um amigo ou um dogwalker que possa, de vez em quando, promover outras actividades com o seu cão. Há imensas coisas em que podemos pensar antes e em vez de equacionar razões para andar a queimar dinheiro, paciência, tempo e algumas células do seu cão com choquezinhos e vibrações. <br />ldshttps://www.blogger.com/profile/04383747324097526427noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-70266586570919249422013-07-29T14:33:21.901-03:002013-07-29T14:33:21.901-03:00Olá, Sofia. Obrigado pelo comentário.
Um dos gran...Olá, Sofia. Obrigado pelo comentário.<br /><br />Um dos grandes problemas é esse mesmo: um cão que leva um choque na via pública estará a fazer associações entre esse choque e os elementos que preenchem o ambiente naquela altura. <br />Por muito triste que seja, pelo outro cão, o melhor mesmo é não passar perto dele...ldshttps://www.blogger.com/profile/04383747324097526427noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-8466932852588419572013-07-27T14:28:09.185-03:002013-07-27T14:28:09.185-03:00Tenho a dizer que nos últimos dias comecei a consi...Tenho a dizer que nos últimos dias comecei a considerar seriamente essa alternativa (antes disso tinha discutido o assunto com a treinadora do meu cão e posto essa possibilidade de lado, até ver). A situação é a seguinte: adoptei há 10 meses um cão estilo podengo/jackrussell de 13kg (desses como se vê muito nas matilhas de caça), que deve ter cerca de 7 anos; quando o encontrei, ele tinha feito pelo menos 20km entre o meio-dia e as 10 da manhã do dia seguinte, 10km para um lado, 10 km para o outro (foi visto nos dois pontos); vivo numa aldeia com bastantes estradas secundárias, matas, etc onde posso normalmente soltar o cão para trotar e usar o nariz (tenho também muito espaço em casa, mas não é a mesma coisa); last but not the least, uso aparelhos e canadianas e não temho forma nenhuma de o controlar à trela se for preciso (a menos que esteja sentada num scooter, coisa que uso muito para fazer o cão andar entre 30mn e 2h em estrada perto de casa). Para o ensinar a andar à trela e a responder à chamada, andamos há uns 6 meses numa escola de obediência, com grandes melhorias numa coisa e noutra (mas ainda longe da perfeição). Trata-se de um cão perfeitamente capaz de interagir com outros cães de rua sem agressividade, mas também igualmente capaz da maior agressividade (provavelmente só ritual) com cães presos, atrelados, etc. Há 3 dias encontrámo-nos num caminho que eu pensava deserto com 2 raparigas e um golden retriever solto, que o meu cão se precipitou para cheirar e pouco depois começar a ameaçar. Como é pequeno, as raparigas enxotaram-no e eventualmente voltou para mim, que entretanto tinha ido ao carro buscar a ração para o chamar. Mas de facto, pensei se não seria bom ter um controlo remoto para situações destas...<br /><br />IsabelPSAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8275995830315603926.post-88509765361084093612013-07-25T23:25:44.149-03:002013-07-25T23:25:44.149-03:00Tenho um cão na minha zona que tem a infeliz sorte...Tenho um cão na minha zona que tem a infeliz sorte de ter um dono que usa este método para a chamada. Sinceramente não me aproximo dele, fujo a sete pés com a minha cadela assim que o vejo. O que é que me garante que o cão um dia não redireciona a frustração para cima da minha cadela, ou mesmo para cima de mim, se o sito senhor se lembrar de carregar no botão quando ele estiver ao pé de mim? E a associação negativa aos outros cães cada vez que o cão leva um choque a meio de uma interação? <br />Essas coisas um dia terão de ser abolidas do mercado, e as pessoas que as usam terão de ser penalizadas. Ter um cão para o torturar com uma coleira de choques é acima de tudo, macabro.<br /><br />Já agora aproveito para deixar uma palavra de agradecimento pelos textos. Muito bons mesmo. Parabéns! <br /><br />Sofia PimentaAnonymousnoreply@blogger.com